sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Rei da Terra

Inglória subjetiva confronta a adrenalina
Justiça celeste engrandece o cupido no flerte
Cristais medievais são sábios e velhos mestres
São gênios enrustidos no gélido tato
E tudo, tudo é uma película transparente suspensa no vácuo
Bem e mal não existem, apenas o caminho
Que transcorre e dissolve nas mãos de um desejo
Equilíbrio é um sujeito perfeito
Habitante do plano físico de nome Terra
Na lucidez de um sonho o conheci
Tão perfeito quanto suave
Imperador do tempo e espaço distorcido
Confronta as vítimas e os réus
Mantém a sincronia da conexão em espiral
Lapsos de prazer surgem na mais calma insanidade
Nossos átomos se tocaram
E explodiram harmonia

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Um somos nós

Nutre o abutre
Nutria a assimetria
Nutrirá a maestria
Observei a lua e um gato viu-se nela
O miado chiado do mirrado  
Perceptível aos olhos dos céus
Indagam ao clamor de réus

Constelação pura na crua e nua bravura
Intrasferível a recorrência de frio
Umbral de fantasias clandestinas
Feitiçaria pura nas esquinas

Blasfêmia suja na muda voz do falante
O ouvinte surdo observando
Sua própria cegueira noturna
Distanciando a reverberação da imaginação
O sentir das pernas de um paraplégico
Atordoam o louco no hemisfério
A cama responde ao adultério
Sul
Azul
Um..

Um somos nós

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Amanhã é de banana

Descalça e nua
Com moletom e salto
Tropecei na ignorância
Rasguei a roupa
Joguei fogo no algodão da malha

Dissolvi um preconceito
Um erro de antigo nobre preceito
O qual subestimava
A relevância massiva
Angariada no dorso do conservadorismo
Eis que não me lastimo
Fiz uma pausa;
E tudo do latino
Me fez feliz
Um presente do destino