quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Connaissance

O tudo é reflexo do imutável
Atemporal e antagonista do vácuo
Onde as palavras absorvidas e saboreadas pela língua
Transformam a expressão em amarga ou doce
E o ciclo se encaixa novamente
Ao quão de essência se tem internamente

A mágica de Oz se adequa
A insanidade de Jung se adequa
A verdade de Nietz se adequa
A sinfonia de Mozart se adequa
As variadas formas de sentir um adepto
Do próprio coração em meio o caos

Pulsa e luta
Na ambiguidade e na disputa
No devaneio e no desejo
De si mesmo
Brioso anseio

Talvez um traduzir
Seja mais complexo que o transmitir
Mero caso de anomalia
É uma nobre afasia

Somos cegos embora possamos ver
Somos densos embora sejamos pó
Somos frações embora sejamos tudo
Somos métodos ou traças? (divinas farsas)
Diante o mundo..

Oriundo de qualquer lugar
Habitante da Mãe Gaia
Faço-te uma pergunta de praxe
Quem és você?


Connaissance

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Natal

Petulância de redundância
É a linha de aço do abraço
Transcendente do magnetismo pessoal
Ou no plural..

Todos são falhos consigo mesmo
Cruel é aquele que crê em tudo o que “vê”
Inimigo da própria mente crente
Inglória de saber e percorrer
Um caminho de mistérios
Etéreos

Insurgente da descrença da doença
Insurgente da labuta fajuta
Insurgente da escuta de voz muda

Méritos perdidos no saguão que está vago
Ocupado.. Reservado.. Censurado
Modéstias perdidas no saguão da lucidez
E pela primeira vez

Oportunidades aproveitadas com sensatez 

Questionado seja o presente 
Que vende 
Felicidade embutida na embalagem
Quanta bobagem,.

Desigualdade pura, na crua pupila de uma criança
Que sente a solidão 
De pais ausentes 
Comprando um capital 
E desejando Feliz Natal

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

A vez do Tal

Talvez a vez do tal
Seja a nobre sutileza do mal
E o bem
Que me quer também
Explique a medonha escusa do defeito
Anseio moderado de pleno efeito
Do feito

Talvez a vez do tal
Signifique a igualdade carnal
Ou a carne
Inevitável arte do charme
Evite a fadiga animal

Talvez a vez em vez de quando
Transforme o indivíduo em profano
Vulgar e insano
Meu ser é desdouro
Lapidado com ouro

Talvez eu
Que nem corpo tenho dito como meu
Ou a luz
Que vibra e reluz
A glória involuntária que faz jus
Um oco de matéria personificado que traduz

Fiat Lux